Com que idade as crianças começam a ter problemas com a balança? Uma
nova pesquisa mostrou que isso acontece cedo: o número de brasileiros de
5 a 9 anos com obesidade e sobrepeso está aumentando.
Os dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) foram analisados pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (SBEM). Para se ter uma ideia: 16,6% das meninas e 11,8% dos
meninos nessa faixa etária estão obesos. Já em relação ao sobrepeso, os
atingidos são 34,8% dos garotos e 32% das garotas.
Quando comparado aos índices de 1989, dá para perceber como a situação se agravou. Naquele ano, as crianças obesas representavam 4,1% dos meninos de 5 a 9 anos e 2,4% das meninas. Mas, afinal, por que esse aumento ocorreu? Existem diversas tentativas de explicá-lo. “Nessa idade, as crianças têm livre acesso às guloseimas", explica Marcelo Reibscheid, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade São Luiz (SP).
Quando comparado aos índices de 1989, dá para perceber como a situação se agravou. Naquele ano, as crianças obesas representavam 4,1% dos meninos de 5 a 9 anos e 2,4% das meninas. Mas, afinal, por que esse aumento ocorreu? Existem diversas tentativas de explicá-lo. “Nessa idade, as crianças têm livre acesso às guloseimas", explica Marcelo Reibscheid, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade São Luiz (SP).
“Elas já vão sozinhas à despensa, por
exemplo." E também podem comer o que não devem na escola, na casa do
amigo, etc. Outro motivo que causa o aumento de casos de obesidade
infantil é a falta de disponibilidade dos adultos. “Atualmente, os pais
não têm tempo para acompanhar a refeição das crianças, porque trabalham
muito”, relata Reibscheid. E isso facilita a ingestão de frituras e
comidas prontas, por exemplo.
O endocrinopediatra Eurico
Mendonça, do Hospital Infantil Sabará (SP), concorda. "Como são os
adultos que controlam a alimentação dos pequenos, principalmente nesta
fase em que a obesidade mais cresce em nosso país, não é difícil
identificar quem está errando nesta história”, alerta. De acordo com o
especialista, além da maior oferta e variedade de guloseimas calóricas,
os pais resistem em enxergar os quilos extras nos filhos.
COMO EVITAR QUE AS CRIANÇAS ENGORDEM
A melhor forma para orientar a alimentação ainda é pelo exemplo.
“Refeições em família, preparo da comida com a ajuda das crianças e
mudança de hábitos envolvendo os moradores de uma mesma casa costumam
ser eficazes na guerra contra a balança ainda na infância”, recomenda
Mendonça. Não tem jeito: a família inteira tem de seguir uma dieta
balanceada.
O pediatra Reibscheid, que tem dois filhos, dá outra dica que ele próprio já testou: nada de comprar guloseimas em quantidade. "Lá em casa, só compramos doces aos finais de semana", conta. Assim, quando os pais não estão por perto, as crianças não caem na tentação de atacar a geladeira.
O pediatra Reibscheid, que tem dois filhos, dá outra dica que ele próprio já testou: nada de comprar guloseimas em quantidade. "Lá em casa, só compramos doces aos finais de semana", conta. Assim, quando os pais não estão por perto, as crianças não caem na tentação de atacar a geladeira.
A obesidade traz muitos problemas na infância, você já sabe. “Os
gordinhos costumam ser vítimas de bullying. Além disso, vão ter
tendência a ser obesos na adolescência”, explica o pediatra. “Esses
jovens com sobrepeso ou obesos são pequenas bombas-relógios para as
temidas doenças cardiovasculares. Desde a infância podem apresentar os
fatores de risco para as doenças cardiovasculares do adulto, como
colesterol elevado, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial”, completa
Mendonça.
Por isso, além de cuidar da alimentação do seu filho, estimule-o a praticar atividades aeróbicas (esportes e brincadeiras estão incluídos aqui!) pelo menos três vezes por semana. Assim, ele vai ficar de fora dessa terrível estatística.
Por isso, além de cuidar da alimentação do seu filho, estimule-o a praticar atividades aeróbicas (esportes e brincadeiras estão incluídos aqui!) pelo menos três vezes por semana. Assim, ele vai ficar de fora dessa terrível estatística.
Fonte: Revista Crescer
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